quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012


para alguém que não vai ler isto.



Eu sei que eu nunca demonstrei nada, sei das minhas mancadas, sei da minha indiferença, sei de tudo que eu fiz mas ainda assim eu preciso que você me escute e preciso que você tente me entender. Porque se eu não falar, eu vou sempre ficar pela metade e vou carregar isso engasgado. E acho que te contando isso é o melhor jeito de parar minhas tremedeiras, parar meu coração acelerado quando te vê. Eu sei que você vai dizer que não é amor, afinal a gente nunca conviveu, nós sempre fomos muito enrolados e a maior coisa que tivemos foi um abraço e um sorriso estampado de orelha a orelha no meu rosto toda vez que nos falamos. E nós nem nos falávamos muito mas era o suficiente pra me deixar feliz por, pelo menos, uma semana. Eu fui feliz assim por um anos, me abastecendo daqueles minutinhos em que eu te via e só. Eu não precisava de mais nada. Mas de repente eu fui vendo todo mundo se ajeitando e superando os problemas todos e eu fui ficando pra trás e você, sem nem perceber, foi me apaixonando mais e mais. Eu sei que não é culpa sua! Eu sei! Mas eu via em você uma mágica tão mas tão grande e você não tinha tempo para ver isso.. Eu fui esperando e esperando a hora certa, achando que você que seria aquele que me salvaria da minha própria enrolação e nessa espera esqueci que a apaixonada da história era eu! O que vem ao caso é que sonhei com você. E tive uma vontade muito forte de que você tivesse tido o mesmo sonho que eu. E tive outra vontade muito grande de acreditar que mesmo quando os nossos olhos se abrem de manhã e não estamos juntos, eu posso ficar tranquila, pois o pensamento nos liga quando deitamos sobre o travesseiro.. De repente eu tive a certeza de que abriria mão de toda a minha vida fora daquele sonho pra mergulhar pra dentro daquela minha ilusão que minha cabeça tinha criado. Uma ilusão que eu não queria perder. Eu tive vontade de continuar sentindo você no meu colo de uma maneira tão real que as minhas mãos até pudiam sentir o seu cabelo e eu ficava ali, só curtindo o seu cheirinho tudo de bom que ia se espalhando pelo ar. Por um breve instante eu acreditei que a felicidade existia de uma maneira não tão desesperada como eu costumava conhecer. Então me veio de novo a vontade que você tivesse tido o mesmo sonho pra que você por dois ou três segundos pudesse sentir que poderia ser bom se nós ficássemos juntos. E eu continuo aqui pensando que talvez eu tenha que te apagar de mim porque o seu olhar talvez nunca mais me mire, apaixonado. Mas ainda assim, eu cismo em achar que nunca mais vai ter um casal tão diferente e que combine tanto que nem a gente! Eu vou de novo ouvir pela milésima vez consecutiva a música que você me mandou, que dizia “eu não estava pronto para ser amado, eu não estava pronto para ser amado.. por você”. E eu pensei que aquilo talvez fosse uma mensagem subliminar. Você sempre soube que foi só com você que eu quis ficar. Então me diz.. Como é que você acredita tão facilmente que tudo o que eu senti nos últimos anos se acabou só porque eu quis voltar com os pés no chão?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012





Não pergunta o que é, por favor, não me obriga a falar de saudade, não mais do que já tanto falei. Só senta aí e lê, só lê e se encontra, só lê e pensa em mim com carinho, com um pensamento que vai até aquele nosso tempo e sorri. Ah, amigo, amigo, amigo, eu repito tentando me convencer de que a gente ainda é assim, será que a gente se perdeu? Que o seu caminho apontava para um horizonte diferente do meu, eu já sabia, mas será que não tem uma esquina para gente se cruzar vezenquando? Será que não tem um telefone com sinal, um e-mail reservado, uma hora na agenda, qualquer coisa que signifique que tem espaço para gente em nossas vidas? Tem espaço pra você aqui, queria que você soubesse, se essas coisas fossem simples de dizer. Seria bom se as coisas pudessem ser simples, se você ligasse ou se eu ligasse, se alguém se prontificasse a dizer "quero te ver" e você ou eu ou os dois juntos dissessem "tudo bem, vem". Bastava uma palavra e eu iria, um abraço e eu nunca mais te soltaria. Mas essas são as coisas que a gente não diz.
Não temos gritado a saudade porque temos medo de parecermos bobos; não temos dito o quanto nos importamos porque se o outro não disser primeiro, ninguém diz; não temos corrido atrás do que nos faz feliz porque talvez a corrida seja longa demais e tememos não ter fôlego. A gente só precisa lembrar que o fôlego é a vontade. É ela que nos faz correr, atravessar oceanos, construir pontes nos abismos. Por isso escrevo: porque tenho vontade de estar contigo, de te ver sorrir, de te ver caminhar engraçado e gravar na minha mente pra imitar depois.
Tô com vontade de você, da nossa amizade, das coisas bonitas que ficaram para trás. Tô com vontade de te fazer sorrir, de ser o motivo do seu atraso, de ser o ombro ali do outro lado quando você precisar de um abrigo. Tô com vontade de você, do que nunca vivemos, do que deixamos no fundo falso da gaveta. Tô com vontade de te ter por perto, de saber poder discar teu número, chamar teu nome, aparecer numa manhã de domingo e ser recebida de braços de abertos. Tô com vontade de ser tua melhor companhia, a pessoa a quem você recorre pra dizer tudo e nada, pra sorrir, chorar ou ficar em silêncio. Tô com vontade daquela época em que não havia receios entre nós dois, quando estávamos lá e sabíamos, quando éramos o que mais importava naquilo tudo e sabíamos, quando éramos felizes e sabíamos. Tô com vontade de esbarrar em você naquela esquina ou numa outra qualquer e nunca mais seguir uma estrada tão distante da tua. Tô com vontade e saudade de ser parte essencial, como você costumava dizer, da tua vida.
Tô com vontade de te dizer que só lembrar seu rosto me faz feliz, que você é uma das pessoas mais especiais e não-quero-perder-nunca que já conheci. Esse meu apego tem explicação: o bem que você me faz. Um bem sem tamanho. Gosto de pensar que a gente não vai se perder, que esse desencontro é só um impulso prum encontro sem possibilidade de fuga. Me faz sorrir pensar assim. Enquanto isso, te escrevo cartas, porque toda essa vontade ainda é soterrada pelo medo de não ser entendida, de estar longe demais de você e te faltar toda essa vontade que me sobra. Mas, de um jeito ou outro: estou contigo. Estamos juntos de alguma maneira, porque o que nos une vai além daquelas coisas que a gente pode entender. Te carrego comigo, feito tatuagem, feito tudo aquilo que é feito pra ficar. Nos dias de saudade, reviro lembranças. Nos dias de vontade, mando cartas que te alcancem. Nos dias sem você, faço de conta que acostumei. Mas não acostumo. Sua falta incomoda demais pra eu fazer de conta que não existe; sua falta está lá, latejando em mim, me impedindo de esquecer. Te quero de volta, meu amigo, e pago o preço do resgate, seja ele qual for: minha sanidade, meu orgulho, ou o que quer que seja. Um dia a gente se reencontra e se recupera. Um dia a vontade fala mais alto do que o medo. Eu juro.

Com amor.
Com saudade e vontade de você, eu.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012



Mew, morri quando li isso.


   “Por favor, leia com atenção e não se esqueça das vírgulas – você sempre faz isso.

    Muito em breve iremos cruzar uma esquina diferente. Isso vai mudar tudo. Mas, espero do fundo do meu coração – assim mesmo, com a inocência e sinceridade de criança – que nos encontremos um dia por aí. Sem muitas pretensões ou obrigações. Sem um futuro traçado ou um passado que nos prenda a alguém além de nós mesmos.

    Guarde o que temos hoje em algum lugar quase inalcançável. Mesmo que seja só como bagagem de vida ou história pra contar para os filhos. Esqueça o que eu te disse sobre não errar. Faça isso várias vezes, o quanto precisar. Me enganei quando acreditei que poderia te mostrar o mundo com os meus próprios olhos. Use os seus – que aliás, vão me fazer falta nos próximos anos.

    Volte a ser aquele garoto ingênuo que conheci há alguns anos, mas só às vezes. Te garanto: Assim como eu, algumas pessoas merecem conhecer esse lado seu. Tente também sorrir mais e ligar menos para o que vão pensar. Má notícia: Sempre vão dizer alguma coisa. Entre tais verdades e mentiras, acredite em quem realmente ama você. Poucos, mas quase sempre o suficiente.

    Nunca enxergue tudo que vivemos como perda de tempo. Juntos, nós somamos e dividimos absolutamente tudo. Deixamos passar algumas coisas, talvez, mas essas se tornam insignificantes e vazias perto do que alimentamos e cultivamos durante esses quase três anos.

    Algumas coisas não acabam quando terminam.

    A paixão deve ir, mas algo ainda fica por aqui.

    Eu amo você.”



sábado, 4 de fevereiro de 2012



A gente se conhece há alguns dias, ou são anos? Me peguei pensando que não sei muito sobre você além do seu gosto musical, da sua mania de sentar sempre no mesmo lugar e passar as mãos pelo cabelo de hora em hora. São coisas pequenas, detalhes mínimos que alguém com pressa não perceberia, mas eu? ah, meu bem, eu tenho todo tempo do mundo pra te observar e decorar todos esses trejeitos pra quando for a hora de te provar que te conheço como ninguém. A gente se entrega nas menores coisas, e se conhece também. A gente se conhece naqueles detalhes que alguns deixam passar enquanto nos perdemos decorando cada um deles. As coisas que acontecem, aquelas que a gente não consegue nomear, também começam assim: das menores coisas. Do olhar que demorou um pouco mais, da mão que esbarrou sem querer, do sorriso que quer mostrar um abrigo. A gente se apaixona assim: nas menores coisas. Só não se assuste, por favor.
Não se assuste se eu me apaixonar por você, se de repente parecer que eu te quero por perto em todas as manhãs e tardes e noites de qualquer estação. Não é todo dia que a gente encontra alguém assim, tão diferente desses sorrisos de plástico que andam pelas ruas. Não é todo dia que a gente tenta fugir do caos e esbarra os olhos em alguém que também faz do nosso olhar a fuga perfeita. Não se assuste se todo dia eu me apaixonar. Se eu quiser descobrir cada dia mais da tua história, do que te faz sorrir, do que te embrulha o estômago. Não se assuste se eu quiser cuidar de você, te fazer cafuné no sofá da sala enquanto você me conta sobre o seu dia. Se eu aparecer numa manhã chuvosa com meu guarda chuva de pinda só pra te entregar a camisa que você esqueceu, se eu roubar uma foto sua pra colocar na minha carteira como fazem aquelas pessoas bregas, se eu de repente juntar todas essas pequenas coisas que nos unem e transformá-las numa ponte pra não te esquecer: não se assuste, meu bem.
Não se assuste se o meu rosto não sair da sua mente, se fizer falta a nossa procura a nossa entrega a nossa fuga. Não se assuste se na hora de ir embora seus pés se recusarem a ir; se o meu guarda-chuva de pinda parecer pequeno pra nós dois e você não se incomodar por ter que me abraçar um pouco mais até cabermos; se naquele sofá da sala o mundo inteiro perder a importância ou se na fila do pão você sorrir feito bobo pensando em mim. Não se assuste se quiser cuidar de mim também, se de tanto me ouvir reclamar sobre todas essas pessoas que deixam as decisões na minha mão, você quiser colocar cada uma delas sobre seus ombros, assumir o controle desse trem e me levar por aí, à qualquer lugar que você queira ir. Não me assusto, meu bem, eu vou.
Por que se assustar com o que é bonito, com o que é natural, com o que acontece sem que possamos impedir? Não se assuste, meu bem, se de repente parecer que o universo se reduziu a nós dois. Sabe, foi bom te encontrar por aí, foi bom encontrar em você tudo o que eu não sabia que precisava. Então não se assuste, não vá embora, não esconde o que você sente debaixo do tapete sujo da sala. Fica aí. Me observa chegar de mansinho, abre os teus abraços e vamos descobrir o que a vida tem guardado pra nós dois. Chega de uma vez por todas e arranca esse controle da minha mão, coloca meus pés no chão e me mostra com quantas mãos, com quantos passos, com quanta vontade a gente constrói uma história com a nossa cara. Fica aí. Adoro quando você fica assim: imóvel, me observando sorrir, tentando desvendar o que passa pela minha cabeça. A resposta? Você. Você e esse seu sorriso, você e essa sua mania de passar as mãos pelo cabelo, você e esse seu olhar que não me deixa fugir. Não se assuste se eu me apaixonar: só tenha sustos se todos eles forem de amor. Não se assuste, meu bem, não se assuste se eu já estiver apaixonada.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Dos erros e das faltas de nós.


Não, não faz assim. Não diz que foi um erro ter me dado à mão naquela manhã cinzenta ou ter acreditado naqueles sorrisos que eu te dava através do vidro da janela quando nossos olhares se encontravam por querer ou atração ou paixão mesmo. Não resume tudo o que a gente viveu à isso, à um erro que não merece ser lembrado. Não foi um erro, pelo menos acho que não merecemos ser lembrados assim. Não foi errado, foi uma criação nossa, que fugiu do convencional e de nossas expectativas, mas erro não é a palavra certa. Foi errado porque não aconteceu como deveria, mas como deveria? O que é o certo quando se trata de amor? Você não acha bom saber que existe um tipo de amor circulando por aí com as nossas credenciais? Fomos inéditos. Fomos a pré-estreia de um amor que não teve tempo para estrear e se tornar um sucesso de bilheteria porque os críticos nos convenceram de que não valia a pena investir na produção. Era barato demais, complicado de um jeito muito simples, repleto de clichês e ficou faltando aquelas cenas hollywoodianas que eles tanto gostam. 
E faltou mesmo. Faltou aquela dúzia de meias verdades que não arranquei de você enquanto deixei o nosso velho silêncio roer as bases da nossa construção até que ela viesse abaixo; faltou gritarmos um com outro, quebrarmos alguns vasos ao atirá-los na parede; faltou eu assumir sem medo o controle que você não soube tomar. Foi cheio de faltas, mas não foi um erro. E se foi erro, eu erraria de novo e de novo se em todas as vezes o seu sorriso mostrasse ser o melhor investimento que fiz na vida. A gente não pode chamar algo tão bonito de erro. Foi cheio de dor, eu sei, mas foi bonito, foi sincero, foi uma tentativa, e tentativas, mesmo as que não dão certo, são um gesto nobre de coragem.
Tentamos. Não deu. Que se há de fazer? Faz chorar hoje, mas ontem fez rir. Não tem mais poesia nem seu abraço quente no final do dia, mas tem aquele bocado de lembranças bonitas que a gente esconde na maioria das vezes pra não sofrer, mas vez ou outra vasculhamos e choramos saudade. Não foi erro, nunca foi errado tentar ser feliz. Foi nobre, já disse. Não é todo dia que alguém se lança em algo como nos lançamos em nós mesmos. Nos lançamos no que não sabíamos e, embora agora caiamos em queda livre, em alguma manhã de sol conseguimos voar e aproveitar a paisagem. Tivemos sorte, nem todos se amam assim como a gente se amou, nem todos conseguem encontrar o canto de um pescoço que traga a paz, nem todos sofreram como a gente sofreu quando tudo acabou e o amor ficou. E isso também é sorte, prova o quanto a gente foi capaz de amar, ainda que tenha faltado a doação e tantas outras coisas. É como dizem por aí: só o amor não sustenta ninguém, o amor é o primeiro degrau de uma escada repleta de outros sentimentos. Amor tínhamos, mas não soubemos passar desse primeiro degrau. 
Faltou coisa demais. Foi uma falta, uma casa sem móveis, um sofá vazio, mas não um erro, não um desabamento ou um sofá lançado ao fogo. Tínhamos a base - o amor - só não soubemos preencher todos os espaços, mobiliar a casa e manter nossos corpos aquecidos sobre o sofá. Não foi um erro, foi apenas incompleto. Erro teve, claro, quem nunca errou? Eu sei que errei quando deixei de te procurar, de te sacudir, de me enroscar em você. Mas foram erros derivados das grandes faltas. Foram pequenos grandes erros dentro do espaço maior que foi a nossa tentativa. Bonita, doída, saudosa. 
Dessa nossa história de faltas, erros e incompreensões, guardo um sorriso bonito. Queria que você também fosse capaz e não se prendesse apenas ao que foi errado, meio contramão. Depois de todas as nossas faltas, hoje tudo sobra: espaço no abraço, o seu lado da cama, a saudade no final do dia. O grande erro, plagiando a canção, foi crer que estar ao seu lado bastaria. Não bastou. Mas teria sido um bom começo se nós fôssemos os protagonistas da nossa história. Quer saber?, taí, O erro: fomos coadjuvantes demais para um amor que nos queria em primeiro plano e todo o resto do mundo como um barco cada vez menor e cada vez mais distante indo em direção à linha do horizonte até sumir de vez e nos deixar a sós. 

Um Minuto Sem Você


Bem, eu me levantei esta manhã
E a noite foi tão longa
Parece que eu tive minha mente em você
Bem, o dia começou
e eu não posso passar, passar um minuto sem você

Você está sempre em minha mente, você está sempre em minha cabeça
E eu não posso viver, eu não posso viver mais um dia sem você

Porque quando os minutos parecem ser como horas..
e as horas parecem ser como os dias
Então a semana passa e tira o meu fôlego
Todos os minutos no mundo poderiam nunca tomar seus lugares, Há 1440 horas no meu dia

Eu tentei te ligar o dia todo,
porque tinha muitas coisas que eu queria dizer
Eu estou ficando louco, porque todos os meus pensamentos estão preenchidos com você
Tem que ter algum jeito de eu chegar perto em você oh.

Eu não posso me impedir de pensar em você
É porque eu te amo e eu sei que é verdade
Eu vou chamar isto de desespero, você não pode ver isto nos meus olhos?
Que eu quero ficar com você até o sol cair do céu.

' ontem chorei, por tudo o que fomos, por tudo o que não conseguimos ser, por tudo que se perdeu, por termos nos perdido, pelo que queríamos que fosse mais não foi, pela renúncia, por valores não dados,  por erros cometidos, acertos não comemorados, palavras dissipadas, versos brancos, chorei pela guerra cotidiana, pelas tentativas de sobrevivência, pelos apelos de paz não atendidos, pelo o amor derramado, pelo o amor ofendido e aprisionado, pelo amor perdido, pelo respeito empoeirado em cima da estante, pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda-roupa, pelos sonhos desafinados, estremecidos, adiados, pela culpa, toda culpa, minha, sua, nossa culpa, por tudo o que foi, voou, e não volta mais pois que hoje já é outro dia, chorei, eu chorei, aponto agora os meus pés na estrada, ponho-me a caminhar sob sol e vento, eles secam as lágrimas. Vou ali ser feliz, e já volto. '